ACR Vale de Cambra 5 x 6 SC Beira-Mar

O Beira-Mar deslocou-se ao pavilhão do líder da Série dos Primeiros disposto a infligir-lhe a primeira derrota. No entanto, os dois primeiros minutos do encontro revelaram-se desastrosos para os intentos auri-negros ao permitirem que os locais marcassem dois golos!

Depois de refeitos do descalabro inicial, os auri-negros partiram para 18 minutos de autêntico «massacre» à baliza dos locais. Foram muitas as oportunidades desperdiçadas pela equipa aveirense. O ACR raramente conseguia chegar à baliza aveirense mas com uma grande dose de sorte foi conseguindo manter a sua baliza inviolada. Só aos 16 minutos é que Daniel conseguiu, finalmente, marcar o primeiro do Beira-Mar. Dois minutos volvidos (18´), Carlos Diogo - atleta ainda juvenil que se estreou a jogar pelos júniores - obtém o tento da igualdade, estabelecendo o resultado ao intervalo (2-2).

Na segunda parte, logo no primeiro minuto, Hernâni confere justiça ao marcador e coloca o Beira-Mar a vencer. Contudo, o minuto 4 revelou-se fatídico para a equipa aveirense que ofereceu dois golos aos locais. A perder por 4-3, o Beira-Mar voltou à carga, mas pairava a sensação que a «estrelinha» do ACR, tanto em termos defensivos como ofensivos, seria difícil de superar.

A apenas dois minutos do final, os auri-negros conseguiram empatar novamente a contenda por intermédio de Daniel. Com o jogo em 4-4, os aveirenses acreditaram que ainda podiam chegar à vitória e aos 19´Miguel coloca o Beira-Mar novamente na frente do marcador (4-5).

À entrada para o derradeiro minuto de jogo, pedia-se concentração aos atletas Beiramarenses, pois o ACR revelava ser uma equipa vocacionada para a felicidade. Incrivelmente, os locais conseguiram chegar novamente ao golo quando faltavam cerca de 50 segundos para o fim. No banco Beiramarense espalhou-se o desalento por tanto infortúnio...

No entanto, os atletas aveirenses não se conformaram e empenharam-se em aproveitar aqueles últimos segundos do encontro para fazer prevalecer o grande exemplo de carácter e atitude que tinham demonstrado ao longo do jogo. O inevitável Daniel (3 golos neste jogo), a menos de 30 segundos do fim, assumiu o grito de revolta com um remate forte e colocado que consignou a vitória deste jogo à equipa que mais fez por merecê-la.